PONTO DE GREVE: Governo quer Reduzir até 27% na Remuneração dos Profissionais da Saúde dos Hospitais Federais
Dia 1° de março: Manifesto dos empregados e empregadas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) sobre o Dia Nacional de Lutas da categoria
Vivemos a maior pandemia dos últimos cem anos na história do Brasil. Ultrapassamos a perda trágica de mais de 250 mil vidas, vidas que poderiam ter sido salvas se medidas mais rigorosas e atenção a protocolos e orientações das autoridades sanitárias tivessem sido seguidos e incentivados por uma política nacional orientada pelo governo federal.
Hoje, vivemos o drama da incerteza sobre a aplicação em massa de vacinas, que mesmo já sendo uma realidade, ainda está longe de chegar amplamente aos brasileiros. Nem nós, trabalhadores da linha de frente, estamos com garantias plenas da imunização. Novamente, erros sucessivos esbarram na possibilidade de superarmos esse momento difícil de nossa história.
Apesar de todo o cenário adverso, milhares de empregados e empregadas da Ebserh, desde o início dessa jornada desafiadora, não deixaram de se dedicar ao máximo e com afinco para salvar vidas. e isso nos ajuda na caminhada diária.
Não é esse o tratamento de respeito que estamos recebendo da Ebserh. Pela sétima vez, debatemos, mediados pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019-2020 de nossa categoria. Lamentamos que em meio à pandemia de Covid-19 a empresa queira impor a retirada de direitos dos empregados da Ebserh.
Além de impor reajuste zero nas cláusulas econômicas, a administração da empresa quer mudar a aplicação da regra para o grau de insalubridade dos empregados, o que pode reduzir salários em até 27% de médicos, médicas, enfermeiras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, entre outros. É uma situação inaceitável.
Por isso, no dia 1° de março vamos realizar um dia nacional de luta com atividades nas portas de Hospitais Universitários de todo o Brasil. Vamos buscar o apoio dos usuários de nossos serviços, queremos dialogar não só com a empresa, mas com toda a sociedade a importância de se assegurar a valorização da saúde e também dos profissionais da saúde. Saúde não é mercadoria e é um direito garantido em nossa Constituição.
Foto 1: movimento grevista na porta do HDT-UFT em Araguaína - TO
Foto 2: Café da manhã do movimento grevista na porta do HDT-UFT em Araguaína - TO
É por entendermos que há um limite para tolerar o desrespeito que, unidos, estamos buscando justiça para assegurar que nenhum direito nos seja retirado. Não estamos exigindo nada além do mínimo. O mínimo nos tem sido negado e, por isso, lutamos. Lutamos não apenas pelo que consideramos direitos inegociáveis. Lutamos, sobretudo, por respeito.
Dia 1° de março, junte-se a nós nessa luta!
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